Um exemplo que pede visão

By Daniel de Castro - março 13, 2020

  

  Olá pessoas, beleza? Quanto vale informação? Difícil precificar algo tão variável e por tantos ângulos, não? Quanto vale a receita de um maravilhoso bolo, se você não tem como conseguir os ingredientes? Se você tem mas a receita esta em uma língua indecifrável? Se você traduz, tem os ingredientes mas não tem forno? Nem sempre se trata só da informação, mas de quem recebe a informação, do ambiente, a forma como ela é passada e tantas outras coisas poderiam ser incluídas como determinantes para "precificar" uma informação.

  Hoje tento me manter apto a receber informações, e uma das fontes a qual tenho me especializado em "decifrar" são os exemplos. Sempre flertei com sabedoria e tentei aprender com erros de outras pessoas, mas fazia isso de uma forma que nem sempre era justa, nem sempre servia para meu "aprendizado". Um dos muitos erros é que eu me via como a pessoa e isso pode até servir em alguns casos, mas imagine um golfinho nunca tentar nadar por ter visto um camelo se afogar ou um camelo nunca tentar atravessar um deserto por um golfinho querido ter definhado ao tentar? Melhor seria entender os motivos e a melhor forma talvez seja um boa e longa conversa, mas esta conversa pede coisas que não é que não queremos ou omitimos, muitas vezes não temos a capacidade de fazer as perguntas, a capacidade de responder sinceramente, e nem sempre por mentir, muitas vezes a visão de um é igual a do outro mas os ângulos não. 

  Para me manter apto a receber informações, para aprender com exemplos dos outros, tento me arriscar nos campos da suposição com base em meu conhecimento, minha empatia e algo que beira o "mentalismo" rs, sabendo sempre que isso não é uma "verdade", apenas suposição, probabilidade e tento não usar isso para julgar o outro, apenas para agregar possibilidade em um possível caso de eu me depara com aquela situação.  Isso antes era difícil, pois envolvia sempre coisas difíceis de assumir como erros, limitações, vulnerabilidades, merecimento e tantas coisas que não era só questão de assumir, muitas eu nem sequer conseguia ver e hoje mais maduro consigo. 

  Ainda na ilustração da receita do bolo, existem ainda os que conseguem substituir ingredientes seja por gosto ou necessidade, mas essa etapa pede ainda mais atenção e conhecimento, pede coisas que nem sempre amor e empatia podem trazer, para isso a tal experiência serve, alguém perdeu a mão do leite tentando misturar com limão e se viu perdendo ingredientes até que notou um novo ingrediente criado, outro que não tinha limão de alguma forma descobriu que vinagre também servia e assim é a vida rs. 



  Hoje sinto as coisas se encaixando, perceber alguém me contando algo e ao detectar incoerências antes de ver as mentiras que conheço dou lugar a uma possível limitação que já tive, antes de julgar tento entender e lembro que é minha opção usar ou não a situação como aprendizado, que talvez a pessoa não esteja tentando me enganar, mas se enganar e esse caminho acaba enganando todos que seguem. Cada um tem seus motivos, justificativas e valores sempre são confrontados, cada escolha costuma pedir uma perda e nem todos estão preparados para escolher, nessas horas alguns mentem e não são mentirosos, alguns fogem e não são covardes, muitos julgam mas ninguém é juiz, ou ao menos não deveria pois para cada problema apontado no outro, se procurar bem, ao menos eu costumo achar 2 ou 3 e eles sim eu devo combater, se eu não puder limpar, tento não reclamar da sujeira feita por quem teve que por a mão na massa:) 

  E é isso pessoas, espero que o texto tenha sido agradável, muito grato pela visita e fiquem bem :)

  Imagens via: Pixabay

  

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13 comentários amáveis

  1. Concordo plenamente com você, muitos não olham seus erros e ficam julgando as pessoas. Ninguém é melhor que ninguém e temos que ser solidários e não apontarmos o dedo para os outros.

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    1. Acredito que esse caminho, o de entender que apontar dedos não resolve nos torna melhores :)

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  2. Acredito que a capacidade de saber discernir as informações que nos chegam venha com a maturidade. Com o tempo acabamos por ser mais compreensivos com as visões de cada um, com suas motivações e visão de vida que nem sempre é igual a nossa.

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    1. A maturidade traz conhecimento que completa coisas incríveis, que antes pareciam sem solução :)

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  3. Uma das primeiras coisas que meu professor falou na faculdade de educação foi da importância de transformar informação em conhecimento: não só decorar, mas refletir e saber o que fazer com aquilo. Isso vale não só academicamente, mas pra vida também. Ótimo texto

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    1. Grato :) Algumas culturas antigas não separavam coisas, acadêmico era tratado como vida, e realmente algumas coisas se completam, seriam melhores se andassem juntas eu acho.

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  4. Que texto, Daniel! Acho que essa capacidade do ser humano de estar sempre mudando, crescendo, tendo novas percepções além do que se vive é de extrema importância. Poder olhar pra trás e ver como o pensamento sobre algo mudou é incrível.

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    1. Foi bem sincero :)Também acho incrível olhar para trás e constatar mudanças, elas me ajudam inclusive a ser mais flexível com possíveis coisas que posso não estar vendo agora, sobra sempre 1% de "mas e se".

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  5. O amadurecimento também é um processo, como você bem disse. Também percebo que com o tempo vem uma sabedoria para lidar com o mundo e com as pessoas de uma forma que jamais imaginei ser capaz antes. Essa habilidade empática de compreender o porquê das pessoas fazerem o que fazem muda completamente nosso posicionamento perante qualquer adversidade.

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  6. Eu acho, meu caro que a pequenez do espirito tem muitos argumentos realistas... por isso precisamos de exemplos de pessoas, lugares, receitas, rotinas e ingredientes porque é difícil acreditar que podemos mais, que somos mais e que temos mais para dar. Podemos, é claro. Mas, acho que está um bocadito escasso acreditar, mas é apenas um verbo que depende de tudo que somos. E eu gosto imenso de conjugar.

    bacio

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    1. Argumentos realistas geralmente prendem-se a uma realidade, que não é absoluta, mas que acaba afastando coisas valiosas no fim.

      bacio

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  7. Olá!
    Temos que ter discernimento, e acredito que isso também vem com o amadurecimento...As vezes acho que as pessoas ficaram "surdas", além da falta de empatia...
    O processo de conhecimento acontece quando nos dispomos a ouvir...
    Abraços

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  8. Olá! Isso já me incomodou mais, essa coisa de perceber a comunicação precária por falta de coisas simples, hoje me esforço para não me render a pressa dormente que nos faz perder tanto.

    Abraços

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