Estar certo ou estar em paz (ver.1.01)

By Daniel de Castro - abril 02, 2020



  Olá pessoas, beleza? No IGTV do Equibrilhando( o instagram,clique e visite) em um vídeo chamado "Estar bem ou estar certo" eu tento expressar minha forma de ver essa escolha, alguns benefícios que somente quem compartilha da algumas coisas entenderia. 

  Digo isso pois respeito muito e vejo beleza nas diferenças, é uma forma de deixar o mundo mais colorido e vivo, é claro que isso pede um conceito maduro e plurilateral sobre respeito, pois TODOS temos direitos assim como deveres.

  Venho neste post enumerar algumas coisas, elementos  que se envolvem com a coisa de estar bem antes de estar certo, até para que não seja confundido com um "estou sempre certo e ignoro os outros para não me unir a ignorância", um "não se junte com essa gentalha" que seria cômico se não fosse trágico.

EMOCIONAL

  Sabe aquele amigo(a) bom de bola que arrebenta na pelada do fim de semana e olha para um jogador(a) profissional "menos habilidoso(a)" e sempre fala "ah se eu tivesse a sorte dele(a), sou muito mais habilidoso(a), pago para jogar e jogo 5 vezes por semana! Esse(ahh... deu para entender né? rs)s caras profissionais reclamam de barriga cheia!"



  Aquela pessoa que sempre faria diferente do que errou mas não evita o seu record de erros por minuto (já briguei pelo título por um bom tempo rs)? Que seria muito melhor se não fosse como é e não entende como, o outro sendo como é ainda não é perfeito( quem nunca?)? 

  Jogar uma pelada é "um pouco diferente" (cinismo mode on) de jogar uma partida profissional, a pressão, as cobranças, as privações ... talvez um mundo que o "peladeiro de fim de semana" nunca possa imaginar, mas provavelmente compara com algum nível conhecido (quase sempre o já superado ...) e tem "certeza" que deu apenas azar.

  Não que azar possa ter sido o componente determinante para um insucesso, mas respeitar a superação do outro nos faz olhar com mais carinho para nossas barreiras, ao ponto que você entende que talvez o outro possa ser mais competente que você, é como se seu emocional virasse uma chave e ao invés de buscar "sorte", esperar algo acontecer, inicie uma jornada para ser alguém melhor, para completar os "requisitos" necessários para o merecimento, agora ele vê um "alvo de admiração" e não um "sortudo que lhe reduz as chances".

  O emocional é determinante para muitas coisas, mas cuidar dele já foi apenas "remendar os cacos", só olhamos para isso quando "fica evidente que tem algo errado". E o pior talvez seja ignorar essa parte tão nossa como qualquer parte física, já que você não acha estranho um cara de 120kg de musculos levantando 80kg, mas estranha e nem pediria para um de 40kg tentar certo? Fazemos isso com o emocional o tempo todo!

  Algumas pessoas erguem 10 vezes o seu "peso emocional" e como medir isso de forma justa? Muitas vezes, aquele "sortudo", aquele "inapto" ou aquele "ingrato" podem apenas estar se superando, sendo esmagados emocionalmente por coisas que nem todos vêem, inclusive eles mesmos. 

  Nunca sei se estou certo ou errado quando não posso ver o emocional de todos envolvidos e acho que nunca serei capaz,  mas consigo olhar melhor para o meu.

LIBERDADE

  Se eu perguntar a 20 filósofos contemporâneos sobre seus conceitos sobre liberdade, acho que escreveria um livro de "todasmil e uma" páginas! E por mais diferentes que possam ser as respostas, algum estaria errado? Talvez o que tentasse se "nomear detentor da verdade". Digo talvez pois houve um tempo em que um Dani ainda mais limitado que esse que escreve, tinha certeza de muitas coisas e "quebrou a cara" com cada uma delas. 



  Sou grato a isso (não foi bem assim nas primeiras rs) pois assim conheci as perspectivas de uma vida amarga que teria se cada conceito de "certeza" não tivesse sido corroído e quebrado, eu não conheceria a única verdade que levo (conscientemente, meu EGO vive tentando me provar outras e ele é bom, só perdeu credibilidade rs), só sei que nada sei. 

  Pensar assim me permite deixar sempre 1% de possibilidade para um não em cada sim, e de um sim em cada não, e esse é meu principal conceito sobre liberdade hoje, o direito de escolher. Tento não roubar o de ninguém e tento não permitir que roubem o meu, se bem que isso vive acontecendo, pois cada consequência pesada atrai meu próprio vitimismo quando comigo, e atrai meu julgamento quando com o outro e nenhum deles me serve, mas dependendo de meu momento, acabo ficando com eles até voltar a si.

  Nunca sei se é certo eu errado o conceito de liberdade que adotei, mas cuido bem do meu.

MEDO

  Não podia faltar o melhor conselheiro de todos, o protetor e quase sempre inteligentíssimo medo. Essa parte é complexa e simples, agridoce e depende mais de como vai seu relacionamento com ele do que a realidade do tal medo. 



  Quase sempre ele mora ou no passado, em traumas, arrependimento e experiências ou no futuro em suposições com base em muitas coisas, nem todas tão reais, nem todas tão irreais. No presente, o medo geralmente ou está te bloqueando ou está te provando que ele pode sim estar com você e até ter rasão mas se você não faz o que ele manda, ele não tem poder( claro que isso na teoria, na prática...)
e aprender a seguir com medo, sem desrespeitar o medo ou abandonar o medo pode ressignificar a mais longa caminhada, até por quase sempre não saber exatamente se ele é meu.

  Nunca saberei se temer algo é certo ou errado até tentar, sentir a gloria ou a consequência, mas como trato o meu medo, disso eu posso cuidar.

CONCLUINDO

  Separei apenas 3 das muitas coisas que me ajudam a perceber o momento de deixar de estar certo para estar bem, lembrando que a frase induz a crer que "abro mão em uma situação onde estou certo" quando a coisa é mais "não me preocupar em provar uma certeza que talvez nem exista".

  Olho para a energia gasta em uma "briga" e quase sempre encaixo em uma coisa que conseguiria fazer se tivesse um pouco mais de energia. Isso me instiga a perceber quando a "briga" agrada terceiros ou até a mim mesmo, já que tenho bastante coisa em mim que não me agrada, tento me tornar um pacífico mesmo ainda não sendo pacifista em 100% do tempo e acho que nunca conseguirei, mas essa decisão me torna mais leve.

  E assim eu sigo, paro mas não "arrasto" mais nada que não me queira, e o bom de não me preocupar em me provar certo e que sobra tempo para pensar sobre minhas certezas, para respeitar as do próximo, ao menos até descobrir que estava errado, e essa busca vicia.

  Nunca saberei se é certo ou errado me emocionar com a liberdade que sinto ao superar um medo e continuar seguindo, sei que pode ser armadilha, mas hoje me ajuda a seguir.  

 É isso pessoas, espero que o texto tenha agradado, muito grato pela atenção, se curtem, não esqueçam de seguir o instagram do Equibrilhando (aqui), e fiquem bem :)


Imagens via: Pixabay




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